80% das lâmpadas de LED instaladas no Francolândia há menos de dois meses já estão queimadas; contrato milionário da prefeitura não prevê manutenção
Francolândia no escuro — e não é caso isolado
No Francolândia, moradores relatam que os postes voltaram a apagar ainda na primeira chuva após a instalação das novas luminárias. Há quase uma semana, a maior parte das ruas do bairro está no escuro, trazendo insegurança e indignação. “Pagamos impostos e não temos nem luz na porta de casa”, reclamou uma moradora.
Prefeito evita admitir falhas e ataca “marginais” nas redes
Apesar da gravidade do problema, o prefeito Toni Cunha preferiu desviar o foco. Em postagem feita na noite desta sexta-feira (1º), ele atribuiu a escuridão na Transamazônica a ações de criminosos, sem mencionar o apagão em diversos outros pontos da cidade.
A declaração não foi bem recebida por moradores, que cobram explicações sobre a má qualidade das novas lâmpadas e a ausência de um plano de manutenção. Para muitos, a gestão tenta transferir a responsabilidade ao invés de enfrentar os problemas de um contrato que já apresenta falhas graves logo nos primeiros meses de execução.
Contrato milionário sem garantias básicas
A troca das luminárias foi amplamente divulgada como um avanço tecnológico e uma economia a longo prazo. No entanto, a ausência de cláusulas que assegurem a manutenção do sistema levanta dúvidas sobre a real eficiência da nova contratação — e reacende críticas sobre a substituição da empresa marabaense que antes realizava esse serviço com acompanhamento técnico e respostas mais rápidas às demandas da população.
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