Oitavo bebê morre na barriga da mãe no Hospital Materno Infantil de Marabá em 2025

O número de recém-nascidos que não conseguiram sobreviver no Hospital Materno Infantil de Marabá (HMI) nos primeiros dias de 2025 subiu para oito, nesta segunda-feira (3), evidenciando uma crise sem precedentes na unidade de saúde.


Diante da gravidade da situação, está marcada para amanhã, às 14h30, na sala de comissões da Câmara Municipal, uma reunião de emergência com vereadores, o secretário de Saúde, a direção do hospital, o Ministério Público Estadual e o Conselho Municipal de Saúde. O objetivo do encontro é discutir medidas urgentes para conter a sequência de óbitos e buscar soluções para a crise na saúde pública do município.


Especialistas apontam que a ausência de uma transição adequada entre a equipe da antiga gestão municipal e a atual administração pode ter contribuído para o descontrole no atendimento e a alta mortalidade neonatal registrada no HMI. Além disso, a falta de exames de ultrassom 24 horas na unidade tem sido outro fator crítico. Apesar de haver uma máquina disponível, o hospital não conta com profissionais para realizar o procedimento continuamente. Atualmente, o exame só é oferecido duas vezes por semana, o que faz com que muitas gestantes sejam mandadas de volta para casa sem a devida avaliação. Quando retornam, muitas vezes já é tarde demais, e o bebê não sobrevive.


O caso mais recente envolve uma paciente da zona urbana de Marabá. Segundo apuração do Blog, ela deu entrada no hospital no sábado, relatando dores, mas foi mandada para casa. Ao retornar nesta segunda-feira, já apresentava descolamento de placenta. Além de perder o bebê, a mulher teve complicações graves e precisou retirar o útero.


Até o fechamento desta matéria, a Secretaria de Comunicação da Prefeitura não havia se manifestado sobre o ocorrido. O espaço segue aberto para esclarecimentos. 

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