Pesquisa mostra queda na aprovação de Toni Cunha em Marabá, apesar de manchete otimista

Matéria divulgada nesta quarta-feira (25), aponta que a gestão do prefeito de Marabá, Toni Cunha (PL), teria 71,3% de aprovação popular. No entanto, uma análise mais cuidadosa dos dados da pesquisa, realizada pela empresa Ampla entre os dias 17 e 19 de junho de 2025, mostra um cenário menos favorável ao atual gestor municipal.

A pesquisa, que diz ter ouvido 750 pessoas presencialmente em todos os bairros e principais vilas de Marabá, revela que apenas 48% dos entrevistados avaliam a gestão como “boa” (34,1%) ou “ótima” (13,9%). Esses são os critérios tradicionalmente utilizados por institutos como Datafolha e Ipec para mensurar o índice real de aprovação de um governo. Outros 28,1% classificaram a gestão como “regular”, e 17,7% avaliaram como “ruim” (6,4%) ou “péssima” (11,3%).

Apesar disso, o Portal destacou em sua manchete um dado de outra pergunta da pesquisa: “Você aprova ou desaprova a gestão do prefeito Toni Cunha?”, em que 71,3% responderam “sim”. O problema é que essa pergunta é subjetiva e costuma inflar artificialmente a impressão de apoio à gestão, especialmente quando parte da população que considera o governo apenas “regular” é incluída no grupo dos que “aprovam”.

Outra informação relevante é que, comparado ao resultado da eleição de 2024, quando Toni Cunha venceu com 51,17% dos votos válidos, a avaliação positiva de sua gestão já apresenta queda de mais de três pontos percentuais, considerando o recorte de “ótimo” e “bom”.

Além do cenário municipal, o levantamento também avaliou a percepção da população sobre o governo do Estado. O governador Helder Barbalho (MDB) teve desempenho levemente superior ao do prefeito, com 47,9% de aprovação (37,7% “bom” e 11,2% “ótimo”) e 29,7% classificando como “regular”.


Segundo o instituto, a pesquisa foi realizada presencialmente e seguiu critérios por sexo, idade e escolaridade, com margem de erro de 3,6 pontos percentuais para mais ou para menos, e intervalo de confiança de 95%.


Queda em relação à eleição e desgaste precoce


Entre os fatores que contribuíram para essa perda de apoio estão os problemas recorrentes na saúde pública, como a falta de médicos, medicamentos e insumos nos hospitais municipais, a greve dos professores da rede pública, que expôs dificuldades de diálogo com a categoria, além da piora dos reclames no transporte público. 

Nenhum comentário

Tecnologia do Blogger.