Médico do HMI manda mãe de gestante “procurar ajuda no inferno” e bebê luta pela vida na UTI após parto mal sucedido
“Ele me chamou de burra e disse que, se eu quisesse ajuda, que fosse procurar no inferno”, desabafa. A discussão terminou em registro na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM). A autoridade policial permitiu que ela continuasse acompanhando a filha, com a condição de que não houvesse novos atritos com o profissional.
O parto, segundo a mãe, aconteceu por volta das 20h de domingo (14), quando Yasmin tinha apenas sete centímetros de dilatação. Com a aplicação de medicamentos para intensificar as contrações, o bebê ficou preso no canal vaginal, obrigando a equipe a realizar manobras agressivas, inclusive com pressão sobre o abdômen da gestante. A criança nasceu sem respirar, sem chorar e sem apresentar sinais de vida.
A pediatra tentou reanimar o recém-nascido, mas cinco dispositivos de ventilação (ambus) estavam defeituosos, o que atrasou os procedimentos. Só após cerca de 20 minutos o bebê foi levado para a UTI Neonatal, onde permanece em estado grave.
A indignação de Joseane aumentou ainda mais quando, nesta segunda-feira (15), precisou comprar um medicamento básico para a filha, porque o remédio estava em falta na farmácia do próprio hospital.
“Eu quero justiça porque eles acabaram com uma criança que era saudável. Minha filha não levanta, não fala, não reage. Eu tive que comprar remédio pra colocar no soro dela porque aqui não tem”, desabafa.
A família agora cobra providências e denuncia a precariedade do atendimento no HMI, que vai desde a falta de equipamentos até a ausência de medicamentos essenciais. “Eu culpo eles pelo que vai acontecer com meu neto. Eu sofri demais e não desejo pra ninguém o que passei aqui”, conclui Joseane.
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