Risco à saúde pública: funcionários da epidemiologia de Marabá denunciam condições precárias e descaso da prefeitura

Servidores afirmam estar expostos a material biológico, sem equipamentos adequados e sem gratificação equivalente a outros setores da saúde

Funcionários do setor de epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Marabá denunciam trabalhar diariamente em condições consideradas inseguras, com exposição direta a material biológico, incluindo amostras de doenças como meningite e Covid-19, armazenadas na mesma sala em que os servidores atuam.

De acordo com relatos recebidos pelo Blog na manhã desta segunda-feira (8), sob a condição de anonimato, para evitar represálias. Os trabalhadores já reclamaram diversas vezes sobre o risco à saúde e a precariedade do ambiente de trabalho, mas afirmam que nem a gestão municipal nem o secretário de saúde tomaram providências. “Somos tratados como lixo, obrigados a trabalhar em computadores velhos, como escravos, sem qualquer reconhecimento”, relatou um servidor.

Outro ponto destacado é a desigualdade na concessão de gratificações. Enquanto a Vigilância Sanitária recebe 150% de bonificação e o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) 100%, os servidores da epidemiologia permanecem sem qualquer acréscimo, apesar de realizarem serviços essenciais. “A insalubridade que recebemos é incompatível com o trabalho que realizamos”, afirmou outro funcionário.


O transporte de amostras para Belém também preocupa os servidores. Antes, um técnico acompanhava o motorista responsável, garantindo o manuseio seguro do material biológico. Atualmente, apenas o motorista realiza o transporte, aumentando o risco à integridade das amostras e à saúde pública.

A reportagem está aberta a manifestações em da Secretaria Municipal de Saúde de Marabá. 

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