Mulher que assinou denúncias em investigação pelo MP, contra Toni Cunha, sofre misterioso atropelamento em Marabá

A presidente do Conselho Municipal de Saúde de Marabá, Ana Lúcia Farias, sofreu um grave acidente de trânsito no início da noite do último sábado (18), por volta das 18h26, na Avenida Alfredo Monção, quando retornava da faculdade.

Segundo imagens obtidas pelo Blog Marabá & Fatos, o circuito interno de segurança de um estabelecimento localizado no cruzamento mostra que Ana Lúcia trafegava na sua mão correta, quando um veículo branco, que seguia em sentido oposto, realizou uma conversão abrupta à esquerda, sem sinalização de seta, colidindo em cheio com a motocicleta conduzida por ela.



A vítima foi socorrida e levada ao hospital, onde recebeu atendimento médico, sofrendo escoriações e ferimentos na perna que precisaram de pontos. Ela já recebeu alta e se recupera em casa. O motorista do carro permaneceu no local e prestou socorro — o que é sua obrigação legal.


O caso, que à primeira vista parece um simples acidente de trânsito, desperta estranhamento pelo histórico recente da vítima. Ana Lúcia foi a cidadã marabaense que assinou as denúncias que deram origem a uma investigação do Ministério Público do Pará (MPPA) contra o prefeito Toni Cunha (PL). As denúncias, também apresentadas à Câmara Municipal no início do ano, pediam a cassação do mandato do chefe do Executivo, com base em supostas irregularidades administrativas.


Após forte pressão política e articulações nos bastidores, envolvendo cargos e acordos entre aliados, o pedido de cassação acabou arquivado pela maioria dos vereadores. No entanto, recentemente o Ministério Público solicitou cópia integral do processo para instaurar investigação própria, reabrindo o debate sobre o caso.


O episódio reacende uma lembrança incômoda da história política de Marabá, marcada por violência política de gênero e intimidações veladas contra cidadãos e lideranças que ousam questionar o poder público. Casos semelhantes já ocorreram, como o do bacharel em Direito Noé Lima da Silva, atropelado em circunstâncias controversas por uma viatura da Polícia Militar no bairro Km-7, quando fazia críticas a autoridades locais.

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