Toni Cunha nomeia funcionária responsável por confiscar celulares de grávidas e acompanhantes, para direção do HMI


O Hospital Materno Infantil de Marabá (HMI), referência no atendimento a gestantes na região, voltou a ser notícia após a nomeação da servidora Érika Dayane de Lima Souza para a função de Adjunta da Direção Administrativa, mantendo também a coordenação do setor de Recepção. A nomeação foi publicada no Diário Oficial do município em 16 de outubro de 2025.


Érika, sem qualquer formação na área da saúde, já vinha ganhando notoriedade por ações polêmicas dentro da unidade, incluindo a apreensão de celulares de gestantes e acompanhantes, em meio a um crescente número de mortes de gestantes e recém-nascidos, que pode representar um recorde negativo em comparação com anos anteriores. Servidores relatam episódios de intimidação e assédio moral, apontando Érika como vigia política do prefeito Toni Cunha, atuando para proteger interesses da gestão e controlar denúncias sobre o hospital.


Sua nomeação, segundo servidores, teve como objetivo principal conter o fluxo de denúncias e vídeos sobre a situação precária do hospital.

Segundo relatos obtidos pela reportagem, o clima de trabalho tornou-se insustentável, o que teria contribuído para a saída de profissionais essenciais, como a ultrassonografista, que optou por não renovar o contrato após ser constrangida e assediada. Fontes internas preferiram não se identificar por medo de retaliações, mas afirmam que a influência política de Érika, reforçada por vínculos familiares com o prefeito e com membros da secretaria municipal de saúde, tem gerado forte impacto sobre a equipe.


O assédio já foi denunciado ao sindicato dos servidores públicos (SERVIMAR), ao Conselho Municipal de Saúde e à Câmara de Vereadores, sem que medidas efetivas tenham sido tomadas até o momento.



Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde confirmou a nomeação de Érika e solicitou a colaboração da equipe para o pleno desempenho de suas funções, sem comentar sobre os efeitos dessa decisão no clima organizacional ou na qualidade do atendimento às gestantes.


Enquanto isso, pacientes seguem aguardando exames essenciais, e funcionários concursados enfrentam um ambiente marcado por intimidações e pressões políticas, em meio a uma sequência alarmante de mortes de gestantes e recém-nascidos, evidenciando o agravamento da crise no Hospital Materno Infantil de Marabá.

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