Vereador Pacheco se contradiz ao defender secretário de Saúde por suspensão de terapia para crianças com autismo em Marabá e leva advertência de colega na Câmara
Contradições e defesa da gestão
Em tom confuso e contraditório, o vereador afirmou em plenário que as terapias “não foram suspensas”, mas logo em seguida reconheceu que houve, sim, paralisação dos atendimentos por falta de saldo contratual. A fala acabou soando como uma tentativa de justificar o injustificável — especialmente diante do impacto que a interrupção vem causando a dezenas de famílias que dependem dos serviços especializados.
O caso também expõe outra contradição da gestão. A Prefeitura de Marabá acumula atualmente mais de R$ 500 milhões parados em caixa, mesmo em um ano de arrecadação recorde — superando inclusive a cidade de Parauapebas, conhecida como “a capital do minério”.
Advertência e recado político
Durante a mesma sessão, o vereador Márcio do São Félix (PSDB), em seu terceiro mandato, chamou a atenção do colega novato. Sem citar nomes, ele lembrou que não é papel do vereador bajular o Executivo, e sim fiscalizar e cobrar resultados da administração pública. O presidente da Câmara, Ilker Moraes (MDB), também reforçou o recado, destacando que o parlamento não deve servir de escudo para justificativas de falhas da Prefeitura.
Revolta nas redes sociais
A postura do vereador provocou forte reação nas redes sociais. Em sua própria conta, a publicação feita por Pacheco recebeu uma enxurrada de críticas de mães e internautas indignados com sua fala:
Contexto político
Chamado publicamente pelo prefeito Toni Cunha para integrar a base governista, Pacheco herdou cargos estratégicos que antes eram ocupados pelo vice-prefeito João Tatajiba, que deixou o grupo após desavenças políticas. O episódio reforça o alinhamento cada vez mais visível entre o vereador e o Executivo — o que tem gerado desconforto até mesmo entre aliados na Câmara.






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