Vereador Pacheco é detonado por mães atípicas após justificar corte de terapias para crianças com TEA em Marabá

Após a mobilização de mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em Marabá, o vereador Pacheco (PL) usou suas redes sociais para justificar a suspensão das terapias, alegando “falta de recursos”. A publicação, no entanto, gerou forte repercussão negativa, críticas veementes das mães e questionamentos sobre prioridades da gestão municipal.

Pacheco foi acusado publicamente por Toni Cunha, de querer vantagens pessoais e familiares na prefeitura, há alguns meses atrás. 

No vídeo publicado, Pacheco defendeu sua posição, afirmando que:


O número de crianças autorizadas a receber tratamento pelo Ministério Público teria ultrapassado o saldo disponível no convênio com as clínicas.


secretário de Saúde, Webert Carvalho, estaria tentando viabilizar juridicamente uma contratação emergencial, com dispensa de licitação e validade de quatro meses, até que uma solução definitiva seja estruturada.


O parlamentar criticou blogs e comunicadores locais de forma geral, chamando de “politicagem” a divulgação das denúncias das mães — que já foram levadas à Justiça.


Ao mesmo tempo, na própria publicação, Pacheco fez uma colaboração com um comunicador que participou da divulgação inicial das denúncias, evidenciando um malabarismo político: ele critica o trabalho da imprensa enquanto usa parte dela para tentar justificar sua posição.


As mães rebateram duramente nas redes sociais, destacando descaso, falta de empatia e incoerência:













Outro ponto crítico levantado pelas mães é a incoerência na aplicação dos recursos públicos:

Enquanto alegam falta de recursos para garantir as terapias, a Prefeitura de Marabá recentemente aditivou um contrato milionário de fornecimento de materiais laboratoriais, ligado a um vereador aliado do prefeito Toni Cunha, sem abrir possibilidade de aditivo emergencial.


Atualmente, a gestão municipal conta com mais de R$ 500 milhões parados nos cofres, em um ano de arrecadação recorde de impostos, superando até Parauapebas, a chamada “capital do minério”. Diante disso, as mães questionam: se há recursos, por que não garantir o atendimento das crianças com TEA?


O episódio se soma à fala polêmica do secretário de Saúde, Webert Carvalho, em reunião com mães, quando afirmou que “nossos filhos não precisam dessa quantidade de terapias, que nós que devemos mostrar o mundo para eles, no tempo dele não tinha terapias”. A declaração provocou indignação imediata e repercutiu amplamente nas redes sociais.
A Defensoria Pública de Marabá informou que deve ingressar com ação judicial contra o município para exigir esclarecimentos e garantir a continuidade das terapias. Enquanto isso, mães e pais seguem cobrando respostas, destacando descaso, incoerência e politização da gestão municipal diante do direito das crianças com TEA ao atendimento especializado.
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