35% dos secretários nomeados por Toni Cunha são “reciclados” da gestão do ex-prefeito Tião Miranda em Marabá

O prefeito de Marabá, Toni Cunha (PL), empossou nesta quinta-feira (2) os novos secretários municipais, marcando oficialmente o início de sua gestão. No entanto, a composição da equipe de governo trouxe à tona um antigo problema político local: a manutenção de membros de gestões anteriores.

Um mau presságio para gestões em Marabá é justamente a prática de “reciclar” secretários de governos passados, algo que se mostrou prejudicial em administrações como a do ex-prefeito Maurino Magalhães, também do PL. Em seu mandato, essa estratégia gerou desgaste político e contribuiu para avaliações negativas de sua gestão.


Toni Cunha segue pelo mesmo caminho ao manter aproximadamente 35% de seus secretários como herança da gestão de Tião Miranda. Entre os reaproveitados estão nomes como Inácia Meires Silva Rolim (Finanças), José Nilton de Medeiros (Administração), Karam El Hajjar (Planejamento e Controle), Mancipor Oliveira Lopes (Saneamento), Marcone Walvenarque Nunes Leite (Chefe de Gabinete) e Alessandro Gusmão Viana (Comunicação).


Exclusões que causam desconforto


Além disso, a nova composição deixou de fora importantes aliados que tiveram papel fundamental na acirrada campanha eleitoral de 2024. O Cidadania, partido do ex-vereador Badeco, e o Avante, liderado pelo ex-conselheiro tutelar Jader Santos, não foram contemplados.


A ausência de figuras conhecidas dentro do próprio PL, como Cristino Carreiro, e de candidatos bem votados, mas não eleitos, como Gil Fanfa e Raimundinho do Comércio, também gerou insatisfação. A família do ex-vereador Beto Miranda e a pastora Suely Lara, nomes tradicionais no cenário político local, ficaram de fora da lista de nomeações.


Secretários nomeados por Toni Cunha


A equipe de Toni Cunha, composta por 17 secretários, inclui os seguintes nomes:


Âmina Handan – Gestão Fazendária


Benedito Evandro Barros da Silva – Meio Ambiente


Cristiano Gomes Lopes – Educação


Denner Eudes Favacho da Rocha – Segurança Institucional


Hiron Pereira Farias – Agricultura


Inácia Meires Silva Rolim – Finanças

(Herdada de Tião Miranda)


Ítalo Ipojucan de Araújo Costa – Viação e Obras Públicas


Dário Veloso – Adjunto de Viação e Obras


José Nilton de Medeiros – Administração

(Herdado de Tião Miranda)


Karam El Hajjar – Planejamento e Controle

(Herdado de Tião Miranda)


Mancipor Oliveira Lopes – Saneamento

(Herdado de Tião Miranda)


Marcone Walvenarque Nunes Leite – Chefe de Gabinete

(Herdado de Tião Miranda)


Marcus Victor Lima Norat – Defesa Civil


Mônica do Socorro Thompson de Morais – Assistência Social


Werbert Ribeiro Carvalho – Saúde


Wilson Xavier – Controladoria


Alessandro Gusmão Viana – Comunicação

(Herdado de Tião Miranda)


Cultura sem rumo definido


Com a proximidade do carnaval e do aniversário de Marabá, o setor cultural permanece sem definição. Toni Cunha ainda não nomeou titulares para a Secretaria de Cultura (Secult) ou para a presidência da Fundação Casa da Cultura de Marabá. Há rumores de uma possível fusão entre os dois órgãos, mas até o momento, nenhuma decisão foi anunciada.


Conclusão


Toni Cunha inicia sua gestão sob o peso de críticas e comparações desfavoráveis. A manutenção de parte significativa da equipe de Tião Miranda, aliada à exclusão de aliados importantes, levanta dúvidas sobre sua capacidade de entregar o governo renovador prometido durante a campanha. As escolhas feitas agora terão reflexos ao longo dos próximos anos e podem definir a avaliação de sua administração.

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